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Na manhã do dia 1º de maio de 2013, na Praça de Fátima, no centro de Imperatriz-MA, aconteceu o Ato Unificado do Primeiro de Maio.

Na praça, entidades sindicais e movimentos sociais retomaram a tradição de luta do 1º de Maio. Esse dia não é só de comemoração. É muito mais do que isso: é um dia para relembrar as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras. É uma data para discutir a situação atual, e para organizar as próximas lutas.

O ato começou com várias apresentações culturais: sanfoneiros, violeiros, peça de teatro e malabaristas.
Em seguida, foi a vez dos representantes de entidades sindicais e populares falarem. A luta contra a retirada de direitos e por melhores salários e condições de trabalho deu o tom das falas.

Gato Félix, representando a Unidade Classista, destacou que “nossa luta é para fazer valer os direitos dos trabalhadores. O capitalismo só explora o trabalhador, precisamos lutar pelo socialismo”.

Wilas Morais, presidente do STEEI (sindicato dos professores de Imperatriz), afirmou que os trabalhadores precisam estar atentos para enfrentar os projetos de lei que querem tirar direitos trabalhistas.

Disse também que os professores do município fizeram “sua luta por reposição salarial enfrentando um prefeito ditador e autoritário. Tivemos que entrar em greve. Vivemos momentos difíceis com ameaça de ter ponto cortado, demissão... querem impor uma carga de trabalho abusiva. Estamos nesta praça não comemorando o primeiro de maio, mas protestando”.

André Santos, do SINPROESEMMA (professores estaduais), manifestou que “este 1º de maio tem que ser um dia de reflexão e de luta pela valorização do trabalhador e contra a precarização do trabalho”. nformou que sua categoria também estava em greve, contra a aprovação de um novo estatuto do professor, que retira direitos.

Para Divaldo Pereira, da Frente dos Trabalhadores na Construção Civil, “a luta unida jamais será vencida”. Disse que “os trabalhadores da construção civil são uma das categorias mais prejudicadas que nós temos hoje, apesar da construção civil estar em alta. É opressão em todos os canteiros de obra, assédio moral”. Denunciou o sindicato dos trabalhadores da construção civil, que não defende a categoria, e que faz negociações com os patrões por baixo dos panos.

Conceição Amorim, do Centro de Direitos Humanos Pe. Josimo, lamentou que “o Maranhão continua sendo o estado com maior índice de grilagem, de assassinato contra trabalhadores rurais”. Disse que os trabalhadores são os únicos que podem mudar a politicagem no estado, pois todas as lutas em defesa de direitos são lutas políticas. “Contra a crise do capitalismo, a resposta é a organização da classe trabalhadora, é a mobilização social... a resposta é virar a mesa, é destruir o capitalismo, é construir uma alternativa dos trabalhadores”.

Para Hertz Dias, da central CSP-Conlutas, “há um projeto da burguesia brasileira de destruir a educação pública”, porque os governantes não têm interesse de qualificar as pessoas, pois querem apenas facilitar sua exploração pelos capitalistas.

Luiz Maia, do Sindicato dos Bancários do Maranhão em Imperatriz, enfatizou que “a conquista dos trabalhadores só virá com a luta”.

Valdemi Alves, presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de Imperatriz, disse que o prefeito e a maioria dos vereadores de Imperatriz são contra os trabalhadores que fazem a saúde pública de Imperatriz.

Falando em nome da Anel, Wilson Leite manifestou apoio ao movimento #ForaVBL, defendendo a municipalização do serviço público de transporte, “com passe livre para estudantes e desempregados”.

Antonio, do Assentamento Cipó Cortado/MST, pregou a unidade entre trabalhadores do campo e da cidade, pois assim “as coisas andariam melhor”. Afirmou que “nossa esperança é ter liberdade na terra onde estamos. Estamos ali fazendo de tudo, trabalhando para o bem estar das famílias... temos plantação de mandioca, de feijão”. Por fim, pediu o apoio à luta pela terra.

Representantes de outras entidades também falaram, homenageando aqueles que tombaram na luta. Todas as falas chamaram a classe trabalhadora à unidade, para resistir contra os ataques dos capitalistas, que querem retirar direitos conquistados com muita luta.

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Maio de 2013